Um dos fenômenos mais comprobatórios do Espírito, fenômeno reproduzível a todos e tido
como a Prova Cabal do Espírito, do Perispírito, e, portanto, de nossa imortalidade em outro
plano existencial, trata-se, indubitavelmente, da Materialização do Espírito livre, que o faz,
por uma emanação fluídica do médium: o ectoplasma. Em tal circunstância, ou sessão
mediúnica da maior seriedade, há, comumente, uma vasilha contendo parafina fervente e
outra contendo água fria.
Tais Espíritos, momentaneamente materializados, em muitas situações, meteram as mãos
nessa substância fervente para compor cópias (uma espécie de “luva”) de suas mãos que,
com isto, intencionavam deixar provas inabaláveis do fenômeno em foco. E quem, ou quais,
dos pesquisadores participantes de tais sessões, ousariam meter as mãos naquela parafina
superaquecida? E, mais ainda, se alguém o fizesse, como se poderia retirar o molde rígido
sem quebrar a “luva”, haja vista que o punho é mais estreito que o metacarpo. Isto, por si
só, já é prova bastante do fenômeno em si, e, portanto, do Espírito livre da matéria e capaz
de, inteligentemente, agir sobre ela.
Gustave Geley (1868 – 1924), um dos mais notáveis pesquisadores das materializações
que, aliás, tornara-se referência obrigatória no estudo do ectoplasma, dito cientista, para
não permitir fraudes, se utilizava do seguinte e mui simples expediente: o de colocar na
parafina alguma substância química dele tão somente conhecida e de fácil identificação em
laboratório; mesmo o sal de cozinha serve de prova incontestável.
Dito expediente revelaria, de pronto, se a parafina fora trocada ou não em caso de uma
eventual fraude; ou seja: se alguma luva parafínica pré-fabricada fosse introduzida na
referida sessão.
Em suma, as confirmações e provas científicas do Espírito imortal são as mais variáveis,
sendo a sua Materialização, por meio do ectoplasma, mais uma delas; confirmação que, a
meu ver, considero como a Prova Cabal, Perfeita, sendo tal, uma espécie de
“Reencarnação” do Espírito, porém, de curta duração, transitoriamente fugaz.
Logo, o Espiritismo de Kardec, de Denis, de Delanne, de Flammarion, bem como em sua
versão Metapsíquica dos fenômenos mediúnicos, versão dos renomados Richet, Geley,
Crookes e tantos outros mais, há que ser estudado e considerado pelos cientistas do
Século 21; isto é, se tais elementos albergarem maturidade, mas, sobretudo, humildade
para enxergar o óbvio: o fato do Espírito palingenésico, e, portanto, imortal; criação de um
Ser Supremo, ou, do que queiram, em seu entendimento, discernir e proclamar.
Fernando Rosemberg Patrocínio – A prova cabal
- O Consolador – Nº 447 – 10/01/2016
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